11/4/2008
Fiscais ignoram as normas do IBAMA para identificar espécies de árvores
Despreparados e sem orientação, policiais ambientais ignoram as normas do IBAMA e têm que recorrer a fotos quando precisam identificar espécies de árvores. A Rádio Bandeirantes revelou que em um dos pelotões da PM no interior de São Paulo, os fiscais não sabiam que a venda de algumas madeiras está proibida. A situação encontrada pelo repórter Agostinho Teixeira no posto da Polícia Ambiental da cidade de Araras se repete por todo o interior do estado de São Paulo.
A lei determina claramente as espécies de madeira que podem e as que não podem ser exploradas comercialmente. Mas a Polícia Ambiental não tem fiscais suficientes e os poucos, que deveriam impedir a venda ilegal de madeira, mal sabem diferenciar um eucalipto de um pedaço de mogno. Quem deveria coibir o comércio clandestino simplesmente não sabe o que diz a lei.
A afirmação foi feita por um dos policiais que investiga a “nova estratégia” usada pelos contrabandistas de árvores nativas, revelada na última segunda-feira pela Rádio Bandeirantes. Os criminosos adulteram o chamado DOF - Documento de Origem Florestal - recém criado pelo IBAMA, e, ao ser questionado sobre o assunto, o sargento Maurício de Souza, do quarto pelotão de Policiamento Ambiental da cidade de Araras, reconheceu as dificuldade que a PM enfrenta para coibir esse tipo de comércio.
Segundo ele, o número de policiais é pequeno e, o pior, a maioria não é capaz de distinguir as várias espécies de madeira existentes. Ele também afirma que o seu pelotão não recebeu do IBAMA nem sequer a relação das espécies de madeira cujo comércio está proibido por lei. De acordo com a atual determinação federal, árvores como o Mogno, a Castanheira e o Jacarandá não podem ser exploradas comercialmente.
Em contato telefônico com a Polícia Ambiental de Franca, um funcionário não soube dizer ao repórter da Rádio Bandeirantes quais são as espécies de madeira proibidas de comercialização. Procurado pela reportagem, o Comandante do Policiamento Ambiental de São Paulo, Coronel Ronaldo Severo Ramos, se recusou a falar sobre o assunto.
Relatório de Monitoramento Global 2008 do BIRD (Banco Mundial) divulgado esta semana aponta que o Brasil foi o campeão mundial de desmatamento entre 2000 e 2005. Nesse período, foram desmatados 31 mil km² por ano, o que garante ao país o primeiro lugar do ranking. Em segundo lugar está a Indonésia, com 18,7 mil km² por ano e, em terceiro, segue o Sudão, com 5,9 km². Segundo o órgão, a principal causa pelo desmatamento na Amazônia é a retirada de madeira, o cultivo de soja e gado.
A reportagem pode ser ouvida clicando aqui.
Fonte: Portal do Meio Ambiente /André Rizzatto CameiraASSESSORIA DE IMPRENSATel.: 55 11 3131-7561acameira@band.com.br
Fiscais ignoram as normas do IBAMA para identificar espécies de árvores
Despreparados e sem orientação, policiais ambientais ignoram as normas do IBAMA e têm que recorrer a fotos quando precisam identificar espécies de árvores. A Rádio Bandeirantes revelou que em um dos pelotões da PM no interior de São Paulo, os fiscais não sabiam que a venda de algumas madeiras está proibida. A situação encontrada pelo repórter Agostinho Teixeira no posto da Polícia Ambiental da cidade de Araras se repete por todo o interior do estado de São Paulo.
A lei determina claramente as espécies de madeira que podem e as que não podem ser exploradas comercialmente. Mas a Polícia Ambiental não tem fiscais suficientes e os poucos, que deveriam impedir a venda ilegal de madeira, mal sabem diferenciar um eucalipto de um pedaço de mogno. Quem deveria coibir o comércio clandestino simplesmente não sabe o que diz a lei.
A afirmação foi feita por um dos policiais que investiga a “nova estratégia” usada pelos contrabandistas de árvores nativas, revelada na última segunda-feira pela Rádio Bandeirantes. Os criminosos adulteram o chamado DOF - Documento de Origem Florestal - recém criado pelo IBAMA, e, ao ser questionado sobre o assunto, o sargento Maurício de Souza, do quarto pelotão de Policiamento Ambiental da cidade de Araras, reconheceu as dificuldade que a PM enfrenta para coibir esse tipo de comércio.
Segundo ele, o número de policiais é pequeno e, o pior, a maioria não é capaz de distinguir as várias espécies de madeira existentes. Ele também afirma que o seu pelotão não recebeu do IBAMA nem sequer a relação das espécies de madeira cujo comércio está proibido por lei. De acordo com a atual determinação federal, árvores como o Mogno, a Castanheira e o Jacarandá não podem ser exploradas comercialmente.
Em contato telefônico com a Polícia Ambiental de Franca, um funcionário não soube dizer ao repórter da Rádio Bandeirantes quais são as espécies de madeira proibidas de comercialização. Procurado pela reportagem, o Comandante do Policiamento Ambiental de São Paulo, Coronel Ronaldo Severo Ramos, se recusou a falar sobre o assunto.
Relatório de Monitoramento Global 2008 do BIRD (Banco Mundial) divulgado esta semana aponta que o Brasil foi o campeão mundial de desmatamento entre 2000 e 2005. Nesse período, foram desmatados 31 mil km² por ano, o que garante ao país o primeiro lugar do ranking. Em segundo lugar está a Indonésia, com 18,7 mil km² por ano e, em terceiro, segue o Sudão, com 5,9 km². Segundo o órgão, a principal causa pelo desmatamento na Amazônia é a retirada de madeira, o cultivo de soja e gado.
A reportagem pode ser ouvida clicando aqui.
Fonte: Portal do Meio Ambiente /André Rizzatto CameiraASSESSORIA DE IMPRENSATel.: 55 11 3131-7561acameira@band.com.br