12/5/2008 O Grupo de trabalho do eixo temático Educação e Cidadania Ambiental é o que recebeu mais delegados entre os 16 GTs que vão discutir e votar os itens que resultarão no documento final da III Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA). Esse documento coletivo deve ajudar na formulação da Política e do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, cujas propostas articularam vários ministérios (confira o texto do Decreto 6263/2007, que institui o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima). Do total de 1.187 delegados participantes, 296 estão dentro do GT de EA.
Espécie de consulta pública nacional, a Conferência partiu de um texto-base que recebeu 5.300 emendas de todo o Brasil, a partir de 751 conferências estaduais e municipais realizadas desde o final de 2007 (entenda o processo de formação da conferência clicando no site do MMA). E o tema educação ambiental se destacou desde essa etapa do processo, com 1.374 contribuições. Na percepção de diversos participantes da conferência, a educação ambiental ganhou bastante espaço no processo de produção do texto-base por ser uma demanda que permeia todas as ações relacionadas ao enfrentamento das mudanças climáticas.
Para José Vicente Freitas, do DEA-MMA, o fortalecimento da educação ambiental através de redes e formações nos últimos cinco anos está se refletindo nas deliberações dessa III conferência. Neusa Barbosa, do Ministério do Meio Ambiente (MEC), acredita que também existe um outro motivo para a grande participação de delegados no GT de educação e cidadania: ?a educação é uma porta de entrada para as questões ambientais, e várias pessoas se identificaram com as propostas do texto-base. Em outros grupos de trabalho as discussões são mais técnicas e específicas?.
Um pouco de tudo permeia o texto que fala em Educação e Cidadania Ambiental, no documento-base que está sendo discutido e votado na III CNMA. A partir da inclusão da ?estratégia de educação ambiental no Plano Nacional sobre Mudança do Clima?, as sugestões e emendas que vão de formações específicas ao desenvolvimento de campanhas educativas, passando pela questão da ?inclusão da disciplina de educação ambiental nos cursos de bacharelado e licenciatura?, que o órgão gestor da Política Nacional de Educação Ambiental defende como importante para garantir uma formação básica nas questões sociambientais junto aos educadores.
Mudanças globais, olhar nos locais
Os coletivos estão representados entre os delegados participantes da conferência. Cleber Rocha, do CJ Caiçara (Vale do Ribeira, SP) e delegado pelo estado de São Paulo, é um dos que está acompanhando as discussões em Brasília. Ele aproveita o momento para trocar experiências com outras redes e coletivos sobre a questão da Usina Hidrelétrica de Tijuco Alto, um empreendimento que está sendo planejado no litoral Sul de São Paulo e deve causar grandes impactos socioambientais.
Aqui na conferência identificamos estados com problemas parecidos, que são grandes empreendimentos sem levar em consideração as comunidades locais?, diz Cleber.
Esta matéria e muito mais estão no Blog dos Coletivos Educadores: http://coletivoseducadores.blogspot.com/
Fonte: Raquel Ferreira da Silva.
Espécie de consulta pública nacional, a Conferência partiu de um texto-base que recebeu 5.300 emendas de todo o Brasil, a partir de 751 conferências estaduais e municipais realizadas desde o final de 2007 (entenda o processo de formação da conferência clicando no site do MMA). E o tema educação ambiental se destacou desde essa etapa do processo, com 1.374 contribuições. Na percepção de diversos participantes da conferência, a educação ambiental ganhou bastante espaço no processo de produção do texto-base por ser uma demanda que permeia todas as ações relacionadas ao enfrentamento das mudanças climáticas.
Para José Vicente Freitas, do DEA-MMA, o fortalecimento da educação ambiental através de redes e formações nos últimos cinco anos está se refletindo nas deliberações dessa III conferência. Neusa Barbosa, do Ministério do Meio Ambiente (MEC), acredita que também existe um outro motivo para a grande participação de delegados no GT de educação e cidadania: ?a educação é uma porta de entrada para as questões ambientais, e várias pessoas se identificaram com as propostas do texto-base. Em outros grupos de trabalho as discussões são mais técnicas e específicas?.
Um pouco de tudo permeia o texto que fala em Educação e Cidadania Ambiental, no documento-base que está sendo discutido e votado na III CNMA. A partir da inclusão da ?estratégia de educação ambiental no Plano Nacional sobre Mudança do Clima?, as sugestões e emendas que vão de formações específicas ao desenvolvimento de campanhas educativas, passando pela questão da ?inclusão da disciplina de educação ambiental nos cursos de bacharelado e licenciatura?, que o órgão gestor da Política Nacional de Educação Ambiental defende como importante para garantir uma formação básica nas questões sociambientais junto aos educadores.
Mudanças globais, olhar nos locais
Os coletivos estão representados entre os delegados participantes da conferência. Cleber Rocha, do CJ Caiçara (Vale do Ribeira, SP) e delegado pelo estado de São Paulo, é um dos que está acompanhando as discussões em Brasília. Ele aproveita o momento para trocar experiências com outras redes e coletivos sobre a questão da Usina Hidrelétrica de Tijuco Alto, um empreendimento que está sendo planejado no litoral Sul de São Paulo e deve causar grandes impactos socioambientais.
Aqui na conferência identificamos estados com problemas parecidos, que são grandes empreendimentos sem levar em consideração as comunidades locais?, diz Cleber.
Esta matéria e muito mais estão no Blog dos Coletivos Educadores: http://coletivoseducadores.blogspot.com/
Fonte: Raquel Ferreira da Silva.