12/9/2008
Ivan RichardBrasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta quarta-feira (10) que está preocupado com o possível aumento do desmatamento na Amazônia nos meses que antecedem as eleições de outubro.
Ele acredita que está havendo pressão política em decorrência do período eleitoral, o que pode levar prefeitos e governadores a evitar medidas "antipáticas" para coibir crimes ambientais.
“Não temos os dados de agosto, mas estou muito preocupado. Estou sobrevoando a Amazônia e tenho visto a floresta queimar em vários lados”, disse Minc após reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Segundo o ministro, tem havido muita pressão política sobre prefeito e governadores. “Inclusive, pedi para ser feito um levantamento, não está pronto ainda, [para analisar] os meses antes de eleições. Nenhum prefeito e nenhum governador quer ser antipático na véspera da eleição”, argumentou.
De acordo com Minc, historicamente, os meses anteriores às eleições são ruins em relação ao desmatamento. “Vi uma série [de queimadas] que ainda não estão tabuladas, mas tenho sobrevoado a Amazônia e tenho visto muitas queimadas em muitas áreas. Você fecha uma serraria em um lugar e, se não são criados empregos sustentáveis na mesma região, o sujeito vai desmatar cinco quilômetros adiante”, disse o ministro.
Minc relatou que participou na terça-feira (9) de uma operação no Parque Nacional do Juruena (MT), em que viu “dezenas de crimes ambientais”. “Desmatamento, queimada, gado [criado ilegalmente], aprendemos um caminhão com palmito ilegal, toras ilegais. Se em um parque nacional acontece isso, a situação não está segura e precisamos fazer um esforço muito grande de todos os ministérios para agilizar a execução do Plano Amazônia Sustentável [PAS].”
Para o ministro, a “luta de gato e rato” e a simples repressão não vão resolver o problemas do desmatamento. É preciso, segundo Minc, criar opções de renda sustentáveis para as pessoas que vivem na Amazônia.
Crédito de imagem: Roosewelt Pinheiro/ABr
Fonte: Envolverde / Agência Brasil.
Ivan RichardBrasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta quarta-feira (10) que está preocupado com o possível aumento do desmatamento na Amazônia nos meses que antecedem as eleições de outubro.
Ele acredita que está havendo pressão política em decorrência do período eleitoral, o que pode levar prefeitos e governadores a evitar medidas "antipáticas" para coibir crimes ambientais.
“Não temos os dados de agosto, mas estou muito preocupado. Estou sobrevoando a Amazônia e tenho visto a floresta queimar em vários lados”, disse Minc após reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Segundo o ministro, tem havido muita pressão política sobre prefeito e governadores. “Inclusive, pedi para ser feito um levantamento, não está pronto ainda, [para analisar] os meses antes de eleições. Nenhum prefeito e nenhum governador quer ser antipático na véspera da eleição”, argumentou.
De acordo com Minc, historicamente, os meses anteriores às eleições são ruins em relação ao desmatamento. “Vi uma série [de queimadas] que ainda não estão tabuladas, mas tenho sobrevoado a Amazônia e tenho visto muitas queimadas em muitas áreas. Você fecha uma serraria em um lugar e, se não são criados empregos sustentáveis na mesma região, o sujeito vai desmatar cinco quilômetros adiante”, disse o ministro.
Minc relatou que participou na terça-feira (9) de uma operação no Parque Nacional do Juruena (MT), em que viu “dezenas de crimes ambientais”. “Desmatamento, queimada, gado [criado ilegalmente], aprendemos um caminhão com palmito ilegal, toras ilegais. Se em um parque nacional acontece isso, a situação não está segura e precisamos fazer um esforço muito grande de todos os ministérios para agilizar a execução do Plano Amazônia Sustentável [PAS].”
Para o ministro, a “luta de gato e rato” e a simples repressão não vão resolver o problemas do desmatamento. É preciso, segundo Minc, criar opções de renda sustentáveis para as pessoas que vivem na Amazônia.
Crédito de imagem: Roosewelt Pinheiro/ABr
Fonte: Envolverde / Agência Brasil.