14/1/2009
Os números são expressivos: 8 mil hectares de eucaliptos já plantados no Rio Grande do Sul. A previsão da grande empresa Aracruz é de plantar 154 mil hectares até 2010.
Estudo mostra impacto das monoculturas de eucalipto sobre as mulheres
Agência Envolverde
Um estudo de caso produzido pela Friends of the Earth e Movimiento Mundial por los Bosques Tropicales (WRM), em parceira com o Núcleo Amigos da Terra/Brasil, mostra a realidade vivida por mulheres que se encontram na região de expansão dos monocultivos de eucalipto das papeleiras, o bioma Pampa. O trabalho será apresentado nesta sexta-feira (19/12), na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, às 14h.
Trata-se de um subsídio ao encontro organizado pelo Movimento Nacional em Direitos Humanos, "Relatório da violação dos direitos humanos pela atividade da silvicultura no Estado do Rio Grande do Sul 2005-2008". A autora é a bióloga e mestre em Educação Ambiental Cíntia Pereira Barenho.
"É uma importante ferramenta não só para a luta contra a expansão dos megaprojetos de celulose e papel dos movimentos sociais e ambientalistas, mas também para todos os setores da sociedade porque mostra a realidade de mulheres que pouco ou quase nada têm sido divulgado pela mídia," diz. Conforme a bióloga, a situação destas mulheres ainda é de invisibilidade social, apesar de elas já estarem à frente de lutas de resistência.
Contaminação do ambiente
O estudo de caso contou com a participação de vinte mulheres de movimentos sociais do campo e da cidade que relataram diferentes impactos da silvicultura em suas vidas. As participantes moram em Rio Grande, Hulha Negra, Piratini, Encruzilhada do Sul, Barra do Ribeiro, São José do Norte, Santana do Livramento, Herval e Porto Alegre.
Dentre os problemas decorrentes dos monocultivos relatados pelas mulheres, constatou-se dificuldades acerca das condições sociais e de sobrevivência diária, como a contaminação do ambiente e de animais devido a utilização de grande quantidade de agroquímicos nas lavouras de eucalipto e também a precária situação das estradas rurais devido ao tráfego de veículos pesados.
Além disso, elas relatara, situações de violência e assédio sexual com o início das plantações de eucalipto; escassez de água; degradação da terra e precárias condições de trabalho nos plantios. A reforma agrária foi paralisada e o abandono do campo tem se intensificado.
Clique para ler o estudo AQUI.
Fonte: NAT Brasil (Envolverde/Ecoagência)© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Fonte: REBIA Sudeste / Blog SOS Rios do Brasil / NAT Brasil.
Os números são expressivos: 8 mil hectares de eucaliptos já plantados no Rio Grande do Sul. A previsão da grande empresa Aracruz é de plantar 154 mil hectares até 2010.
Estudo mostra impacto das monoculturas de eucalipto sobre as mulheres
Agência Envolverde
Um estudo de caso produzido pela Friends of the Earth e Movimiento Mundial por los Bosques Tropicales (WRM), em parceira com o Núcleo Amigos da Terra/Brasil, mostra a realidade vivida por mulheres que se encontram na região de expansão dos monocultivos de eucalipto das papeleiras, o bioma Pampa. O trabalho será apresentado nesta sexta-feira (19/12), na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, às 14h.
Trata-se de um subsídio ao encontro organizado pelo Movimento Nacional em Direitos Humanos, "Relatório da violação dos direitos humanos pela atividade da silvicultura no Estado do Rio Grande do Sul 2005-2008". A autora é a bióloga e mestre em Educação Ambiental Cíntia Pereira Barenho.
"É uma importante ferramenta não só para a luta contra a expansão dos megaprojetos de celulose e papel dos movimentos sociais e ambientalistas, mas também para todos os setores da sociedade porque mostra a realidade de mulheres que pouco ou quase nada têm sido divulgado pela mídia," diz. Conforme a bióloga, a situação destas mulheres ainda é de invisibilidade social, apesar de elas já estarem à frente de lutas de resistência.
Contaminação do ambiente
O estudo de caso contou com a participação de vinte mulheres de movimentos sociais do campo e da cidade que relataram diferentes impactos da silvicultura em suas vidas. As participantes moram em Rio Grande, Hulha Negra, Piratini, Encruzilhada do Sul, Barra do Ribeiro, São José do Norte, Santana do Livramento, Herval e Porto Alegre.
Dentre os problemas decorrentes dos monocultivos relatados pelas mulheres, constatou-se dificuldades acerca das condições sociais e de sobrevivência diária, como a contaminação do ambiente e de animais devido a utilização de grande quantidade de agroquímicos nas lavouras de eucalipto e também a precária situação das estradas rurais devido ao tráfego de veículos pesados.
Além disso, elas relatara, situações de violência e assédio sexual com o início das plantações de eucalipto; escassez de água; degradação da terra e precárias condições de trabalho nos plantios. A reforma agrária foi paralisada e o abandono do campo tem se intensificado.
Clique para ler o estudo AQUI.
Fonte: NAT Brasil (Envolverde/Ecoagência)© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Fonte: REBIA Sudeste / Blog SOS Rios do Brasil / NAT Brasil.
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